quarta-feira, 1 de junho de 2016

Como ler uma pista de aeroporto?

As marcações e luzes de uma pista de aeroporto servem para auxiliar o piloto na aterrissagem manual – quando os instrumentos têm problemas, é nos próprios olhos que os pilotos devem confiar. As marcas pintadas no piso indicam, entre outras coisas, a posição e a dimensão da pista. Como as aeronaves podem usar ambas as cabeceiras para pouso ou decolagem (o sentido vai depender da velocidade e direção do vento, por exemplo), as marcações se repetem nas duas extremidades da pista.


Marcas da Zona de Toque – Touchdown Zone Markings

Todos que operam no aeroporto devem estar tão familiarizados com as marcações na pista e no solo do aeródromo, assim como são conhecedores dos sinais de trânsito – o desconhecimento do que representam, poderia levar a uma situação perigosa que na aviação ocorre quando “há uma ultrapassagem dos limites da pista” - “overrun” - ou uma “incursão de pista” - “runway incursion”.

O "lay out" das marcas leva em consideração, basicamente, dois tipos de operação na pistas: Operação Visual e Operação por Instrumentos.


Marcas de cabeceira: - Threshold markings

Marcações que indicam a parte da pista destinada às operações de pouso.
São listras distribuídas de cada lado do eixo da pista, definidas em função do comprimento de cada pista.


Marcas centrais da pista – Centre Line Markings

São linhas tracejadas com segmentos e espaços de 100 pés (30 M) de comprimento, em toda a extensão da pista.
Definem o eixo central da pista e os Pilotos devem “alinhar” as aeronaves para as operações de pouso e de decolagem, com estas marcas.
O comprimento de uma linha mais e um espaço, não deve ser inferior 50 m ou mais de 75 m.
O comprimento de cada faixa deve ser pelo menos, igual ao comprimento do intervalo ou 30 m, o que for maior.Usualmente encontramos nos aeroportos a medida de um espaço e mais uma linha igual a 60 m. A largura das linhas deve ser no mínimo 0,9 m.


Rumo Magnético da Pista ( ou indicador da cabeceira ou número da cabeceira) 

Ao alinhar a aeronave na pista , este número deverá coincidir com a leitura da bussola, giro direcional, EFIS, ou outro equipamento eletrônico de orientação equivalente .
É um número inteiro, com a aproximação de um décimo do Norte Magnético.
As pistas paralelas poderão apresentar uma letra adicional:
"L" (esquerda).
"R" (direita), e
"C" (centro).

Marcas da Zona de Toque – Touchdown Zone Markings - TDZ -

Ajudam a definir a zona de contato da aeronave com o solo, elas mostram informações sobre a distância em incrementos de 500 pés.
Normalmente são dois pares de listras (3, 2 e 1 listras) colocadas simetricamente ao eixo da pista, sendo que o segundo par de 3 listras é substituído pelas...

Marcas de Mira – Aiming Marks (Os pilotos as denominam “Marcas de Mil” – porque estão via de regra, a 1000 pés da cabeceira)

O pouso da aeronave (ou o momento em que ela toca o solo) deve ser realizado sobre estas marcas, ou ainda, o piloto “mira” visualmente nesta marca para tocar o solo.Quando operando por instrumentos, via de regra, também, por ILS, o Glide Slope levará a aeronave a tocar o solo na MARCA DE MIRA, pois ao lado dela, às margens da pista, está a antena do Glide.


Marcas de Limites Laterais – Runway Edge Marks:

Estas são as listras brancas em cada lado da pista e ao longo de toda a sua extensão.



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